L’artiste plasticienne Christine Enrègle présente deux séries de dessins au fusain sur toile de coton (150 x 80 cm environ chacun), réalisées lors de résidences artistiques à Lisbonne en 2021, à partir des Ficus macrophylla du Jardin botanique d’Ajuda et du Jardin botanique de Lisbonne.
L’exposition est divisée en deux parties. Ainsi, dans la Galerie d’art moderne de la Société nationale des Beaux-arts sont exposés les dessins réalisés au Jardin botanique d’Ajuda et, dans la Salle bleue du Musée national d’Histoire naturelle et de la Science, Université de Lisbonne, ceux réalisés au Jardin botanique de Lisbonne.
Cette exposition est programmée dans le cadre de la Saison France-Portugal 2022.
Ces séries de dessins s’inscrivent dans la continuité de celle antérieurement réalisée à partir des Ficus macrophylla du Jardim da Estrela et de la Praça do Principe Real, présentée en juillet 2020 lors de l’exposition Do jardim tropical ao carvão vegetal: o desenho na linha das metamorfoses, à la Société Nationale des Beaux-arts, à Lisbonne.
Ces séries de dessins sont pensées comme des séquences d’images qui entrent en résonance avec le mouvement perpétuel de la métamorphose du vivant, du végétal en particulier. Notre intention est de mettre en évidence la diversité des formes végétales générées par la croissance de l’arbre et d’en souligner le caractère organique. Ces dessins sont vécus comme le résultat (le « précipité ») d’une rencontre entre le végétal et l’humain, que révèlent ces formes organiques.
Ainsi, à une époque où la notion d’anthropocène est très fortement mise en avant, nous privilégions celle de réciprocité à l’intérieur du monde vivant, mise en évidence par Emanuele Coccia qui souligne le rôle de chacun (végétal, animal, humain…) dans la transformation de notre environnement.
A artista plástica Christine Enrègle apresenta duas séries de desenhos a carvão sobre tela de algodão (cerca de 150 x 80 cm cada um), realizadas no âmbito de residências artísticas em Lisboa em 2021, a partir das Ficus macrophylla do Jardim Botânico da Ajuda e do Jardim Botânico de Lisboa.
A exposição divide-se por dois espaços. Assim, na Galeria de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes são mostrados os desenhos realizados no Jardim Botânico da Ajuda e, na Sala Azul do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa, os realizados no Jardim Botânico de Lisboa.
A exposição está programada no âmbito da Temporada Portugal-França 2022.
Estas séries de desenhos inscrevem-se no prolongamento da série anterior realizada a partir das Ficus macrophylla do Jardim da Estrela e da Praça do Principe Real, apresentada em julho 2020 na exposição Do jardim tropical ao carvão vegetal: o desenho na linha das metamorfoses, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.
Estas séries são pensadas como sequências de imagens que entram em ressonância com o movimento perpétuo da metamorfose do ser vivo, do vegetal em particular. A nossa intenção é pôr em evidência a diversidade das formas vegetais geradas pelo crescimento da árvore, e sublinhar o seu carácter orgânico. Estes desenhos são vividos como o resultado (o “precipitado”) do encontro entre o vegetal e o humano, que estas formas orgânicas revelam.
Assim, numa altura em que a noção de antropoceno é recorrente, privilegiamos a da reciprocidade entre os seres vivos, destacada por Emanuele Coccia que sublinha o papel de cada um (vegetal, animal, humano…) na transformação do nosso ambiente.
Texte de Sofia Marçal, commissaire de l’exposition au MUHNAC :
Do jardim tropical ao carvão vegetal: o desenho na linha das metamorfoses | ULisboa